Padre Robson de Oliveira - Reitor da Basílica do Divino Pai Eterno em Trindade Goiás - Faz desabafo em página de relacionamento sobre policiais que chegaram a apontar armas para ele e seu motortista em na cidade de São Paulo.
Desculpas
devidas aos policiais que não são assim.... Mas hoje me deparei com uma
situação constrangedora. Deixei o Rio na JMJ e fui até Guarulhos, SP,
para levar o Master do volume 8 do meu CD Orante que envio de presente
aos membros da AFIPE. Saindo da empresa de reprodução do CD, fomos
parados por uma viatura da PM de São Paulo. Apontaram suas armas para o
veículo e mandaram que saíssemos com as mãos erguidas. Eu estava vestido
como padre. O motorista disse que eu era sacerdote. Sem pedir documento
algum nos mandaram colocar as mãos na parede, no meio da rua, e fizeram
toda aquela revista indecente em nós.
Me senti muito mal e invadido com
aquilo... confesso que fiquei com lágrimas nos olhos. Só depois é que
pediram nossos documentos. Nem quiseram conferir meus documentos
sacerdotais. daí revistaram nosso veículo. Com armas apontadas, mandaram
abrir o porta malas. Fui obrigado a abrir a caixa de presente onde
estava a imagem do Divino Pai Eterno que
pretendo entregar ao Santo Padre num almoço reservado amanhã.
Meu
constrangimento foi tão grande que não disse uma palavra e, justamente
por ter ficado em absoluto silêncio, acabei deixando-os ainda mais
irritados. Na verdade, além de estar constrangido por ser abordado e
revistado como se fosse um bandido no meio de uma rua pública, fiquei
ali pensando no despreparo destes policiais e de tantos outros
representados por eles. Será que qdo fui anunciado como padre, não
bastaria pedir nossos documentos? Era necessário nos humilhar nos
tocando como fizeram? Precisariam ficar apontando armas para nós o tempo
todo? Havia necessidade de ficarem me provocando pessoalmente por causa
do meu silêncio? Num momento pensei que iriam quebrar a imagem com o
argumento de que pudesse haver ali algo ilícito.
Nos deixaram plantados
ali por mais de 20 minutos enquanto monitoravam nossas identidades
pessoais. Se a minha indignação é falta de resignação e humildade, peço
perdão a Deus e a vocês, mas não pude deixar de partilhar esse fato. Vou
rezar por eles agora, já que não consigo dormir.
FONTE:
https://www.facebook.com/padrerobson/posts/523360561062994
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