Depois
de ter os bens bloqueados, a empresa BBom agora está na mesma situação
da TelexFree: não pode mais cadastrar nenhum novo associado. A liminar
(decisão temporária) foi concedida na terça-feira (16) pela 4º Vara
Federal de Goiânia, que aceitou um pedido de aditamento do Ministério
Público Federal em Goiás (MPF-GO).
A Justiça fixou o prazo de 48 horas para o
cumprimento da decisão, sob pena de aplicação de multa de R$ 100 mil por
dia de atraso. Por isso os cadastramentos ainda estão sendo feitos.
Antes de esculhambarem a blogueira, leiam a decisão, que foi
disponibilizada pelo MPF-GO. Está aqui.
Como vocês lembram, no último dia 10, a juíza substituta da 4ª Vara
Federal de Goiânia, Luciana Laurenti Gheller, determinou o bloqueio das
contas da Embrasystem (responsável pela BBom) e de seus sócios
administradores. De acordo com MPF-GO, além do congelamento de R$ 300
milhões, também foram “bloqueados” mais cem veículos.
Por considerar que a BBom é um caso de prática de pirâmide
financeira, o Ministério Público entendeu que o “esquema” poderia
continuar crescendo, se continuasse cadastrando novos associados. Por
isso, deu entrada na Justiça com o pedido de aditamento.
A Justiça também expediu um mandado de
citação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Acredito que
seja para acabar de vez com a polêmica se os rastreadores serem ou não
homologados (a empresa garante que sim). O processo é este aqui.
Braço de marketing multinível da Embrasystem, que atua no mercado de
rastraeamento de veículos, a BBom foi lançada em fevereiro deste ano.
Neste curto espaço de tempo, atraiu quase 300 mil associados em todo o
país, que pagam entre R$ 600 e R$ 3 mil pela adesão.
No início do mês, o MPF e o MP-GO expediram recomendações às
principais emissoras de canal aberto (Globo, SBT, Record e Bandeirantes)
para que cessassem a veiculação de publicidade de venda de rastreadores
das empresas do grupo BBom. Confira aqui a recomendação para a Globo.
Na nota que a empresa encaminhou à imprensa no último dia 11, após a
decisão da Justiça do bloqueio das contas, a BBom afirmou que “é uma
empresa lícita, com sede própria, investimentos em marketing,
propaganda, desenvolvimento de novos produtos e criação de estruturas
executivas, industriais e comerciais. Suas ações são legítimas e
sedimentadas dentro dos conceitos mundiais adotados pelo marketing
multinível”.
Na nota, a BBom disse também que “considera válida toda e qualquer
forma de investigação, porém discorda de atitudes unilaterais que possam
comprometer a saúde de companhias sem que haja a devida apuração ou
conhecimento dos fatos envolvidos por parte das autoridades”.
FONTE:
http://blogs.diariodepernambuco.com.br/economia/?p=16056
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