Sob a batuta do maestro Marlos Nobre, os 81 músicos da Orquestra
Sinfônica do Recife (OSR) se apresentaram, no palco do Teatro Santa
Isabel, conduzidos por seu novo regente. Neste concerto de estreia foram
executadas peças de Beethoven, Mozart e Tchaikovsky. O espetáculo
aconteceu na noite desta quarta-feira (11) e contou com a participação
da solista Rachel Gico Casado.
Embora as referências de Orquestras Sinfônicas se pautem pela produção
da música erudita européia, a apresentação no teatro recifense teve
início com uma composição brasileira, o hino nacional. A obra criada
pelo compositor Francisco Manuel da Silva, executada ainda com as luzes
acesas, tocou os ouvintes não apenas pelo patriotismo. Enquanto os mais
conservadores se colocaram de pé durante a interpretação
instrumental,
outros espectadores contemplavam e aguardavam o que estaria por vir.
Maurício Ferry/Folha de Pernambuco
Orquestra Sinfônica do Recife esteve, oficialmente pela primeira vez, sob a batuta do Maestro Marlos Nobre
É o caso da magistral execução da "Abertura Egmont Opus 84", composta em
1810 por Ludwig Van Beethoven para ser executada em tragédia de Goethe
sobre um conde que chefia uma revolta flamenga contra o jogo espanhol no
século XVI. Em seguida, Maestro e Orquestra receberam como solista a
jovem pianista Rachel Gico Casado para executar o "Concerto para Piano e
Orquestra nº 23 em La Maior, K. 488", de Wolfgang Amadeus Mozart.
Após breve intervalo, maestro apresentou também os novos integrantes da
OSR. “Alguns jovens, jovens músicos de Recife foram selecionados no
teste para essa temporada de dezembro. Nosso desejo é que no ano que vem
nós possamos ter um concurso para que a juventude também ingresse na
Orquestra Sinfônica do Recife”, preveu. Na primeira fila, o prefeito
Geraldo Julio e a secretária de Cultura Leda Alves, atentavam para a
declaração do regente.
Ao término da primeira apresentação de Marlos Nobre regendo Orquestra
Sinfônica do Recife, o público foi assaltado pela apoteótica “Sinfonia
nº 5 em Mi menor Opus 64”, considerada a melhor obra do autor russo
Peter Ilyich Tchaikovsky. Em quatro movimentos que alcançam quase 42
minutos de duração, músicos e regente narraram, através da música
clássica, uma história que passeia entre o bucólico e o eufórico, quiçá
uma das composições mais executadas no mundo. Audivelmente, foi
constatado o empenho e dedicação dos músicos desde que Nobre assumiu a
orquestra, ainda em julho. A rotina de estudos e ensaios nos últimos
meses praticados pelos componentes da OSR são frutos da preocupação que
seu novo regente teve ao desafiá-los com tal estímulo artístico.
Fonte:
http://www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/cultura/noticias/arqs/2013/09/0072.html
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