Aos filhos.
Queridos amigos, sei que parece bobagem e até um decoreba essa de ficar
dizendo pra valorizar os nossos pais, nós idealizamos tanto que achamos
que nunca se afastarão de nossas vidas, claro que não é intencional,
mas pela Lei do Progresso e aprendizado, um dia teremos que dar um até
breve...
Dia este que dóe e parece que não sobreviveremos, por
mais que sejamos bons filhos, fica em nossa mene, o quanto poderíamos
ter feito mais, amado mais, dito que amava.
Portanto, aos filhos eu peço, hoje, não importa se seu pai é chato,
fechado, rigoroso ou molecão, diga que o ama, que ele é especial.
Aproveite a oportunidade de amar, de perdoar e compreender.
Um
dia sentiremos falta até do grito, do olhar reprovador, do abraço
caloroso, enfim, por mais que possamos retribuir o amor aos nossos pais,
ainda é pouco diante a falta que ele nos faz quando não estão mais
conosco no plano físico.
Aproveito e digo ao meu pai, o meu verdadeiro, pois foi o que me amou e
me aceitou do jeito que sou: Onde quer esteja sei que continuas me
amando, assim como eu nunca deixei de amá-lo, mesmo buscando encontrar
nos braços de outro pai o que só você foi capaz, porque só quem tem um
coração grandioso como o seu João Carlos Viana, ou simplesmente João
Buzega, é capaz de ser um anjo em pessoa como você.
Não lembro em
nenhuma de minhas lembranças uma palavra, um gesto que não fosse amor e
carinho. Te amo e te amarei porque você me amou primeiro, e até no
último momento não pude me despedir, porque você queria que eu ficasse
com a certeza de sempre estar ao meu lado, por isso hoje entendo que na
hora de sua ida a verdadeira pátria, não quis que eu estivesse por
perto, você no íntimo sabia que só seria apenas um até breve, e serei
feliz se quando ai um dia eu chegar, poder abraçá-lo e dizer olhando nos
teus olhos: Papai, te amo e quanta saudade de você...